Estava numa surf trip com minha escola de surf, em Ilhéus na Bahia.
Normalmente nessas viagens fico muito focada no surf e nas atividades fora d` água. Mas tenho me obrigado, de forma leve, a aproveitar os cenários lindos e exercitar meu olhar fotográfico.
A fotografia não é como um trabalho chato, pelo o contrário é muito prazeroso para mim, então porque não aproveitar o momento e a “vibe” para exercitá-la. E foi assim que comecei a produzir algumas imagens durante a “trip”. E a galera aproveitou minha disponibilidade para registrarem seus momentos.
A fotografia me inunda com uma alegria indescritível, por isso que digo que ela foi um presente de Deus. Quanto mais fotografo, mais quero fotografar.
De repente durante minhas andanças pela piscina, fazendo registros espontâneos de uma aula , avistei Thaisa e Pedro Luiz, deitados numa rede. Já tinha os encontrado pela manhã, e meus olhos brilharam, porque na hora pensei: Preciso fotografar eles nesse cenário incrível!
Minha paixão por registrar famílias e claro crianças, fez meu coração palpitar, Pedro é a fofura em forma de bebê.
Voltando a cena na piscina... Thaisa e Pedro estavam em um momento de afeto na rede e Edu os admirava, assim como eu. Fui me aproximando devagar pois eu não podia perder a oportunidade de registrá-los.
A fotografia é uma das formas que encontrei de me conectar com as pessoas, e foi assim que me conectei com aquela família. Mas eu não sabia que tinha um propósito maior em tudo isso.
Thaisa me contratou, fiz um ensaio lindo e feliz de sua família, porém minha missão ainda não tinha acabado.
Enquanto estava entregando as fotos do ensaio da sua família, Thai estava me explicando porque tinha desistido de fazer seu ensaio pessoal. Thai é professora de Yoga e tinha cogitado a possibilidade de fazer um ensaio dela também. Sua desistência não tinha relação com a falta de dinheiro, mas com o momento ao qual ela estava vivenciando, logo capitei que fase era essa. A pós maternidade! Conversamos muito e eu expliquei a ela que todas fases tem sua importância e que talvez seria importante que ela fizesse as fotos, não por uma questão estética para ter fotos bonitas para movimentar suas redes sociais, entretanto para que eu pudesse mostrar a ela através do meu olhar outra perspectiva sobre ela naquele momento.
Expliquei a ela que a fotografia para mim não é algo estético, mas uma excelente ferramenta para autoconhecimento e conexão, algo muito mais profundo que imagens bonitas.
Seus olhos marejaram e ela decidiu: Vamos fazer as fotos!
E em menos de 30 minutos estávamos na praia fotografando.
Era o momento de olhar para si, deixar um pouco a maternidade e as demais coisas de lado, para se conectar com o seu eu interior. Para isso usamos o yoga, a natureza e a fotografia.
Foi simples, leve e divertido.
Por um momento veio a cobrança na minha mente, que eu deveria ter sido mais criativa e etc. Mas não era sobre mim ou sobre a minha fotografia, ou quão incrível seria uma foto, ou quantos “likes” ou clientes eu poderia alcançar com aquele ensaio. Não fotografo por isso. Nossa mente às vezes tenta nos sabotar, e para isso tive que me lembrar o real motivo pelo qual fotografo. E o objetivo maior é levar amor e alegria através dos registros que faço.
Foi incrível ter conseguido tocar o interior de Thaisa, ter a impactado de forma positiva e auxiliado ela a rever-se.
Assisti 3 vezes o vídeo ontem, estava indo dormir sai pra carregar kkk
Thaisa Girotto
minha auto estima melhorou 100%…
Que carinho, que arte, que maravilhoso, um dos seus dharmas com certeza é mostrar as pessoas pra elas mesmas através das suas câmeras…
Tô muito feliz!
Essas fotos tem o maior significado da vida. As da família e minhas solo tb!
Gratidão gratidão gratidão
