Sempre estou fotografando minha filha no dia a dia, seja com a câmera ou mesmo com o celular. Mas dia 6 de dezembro de 2020 eu vivi algo diferente, quando fui fotografar um momento tão solene: o batismo dela num sítio em Nova Iguaçu.
Estava tão focada em explicar a ela sobre a importância do ato e entender se era isso mesmo que ela queria, que apenas dias antes fui me preocupar com a questão da fotografia. Não imaginava que viveria um dos momentos mais emocionantes da minha vida e por isso não pensei na possibilidade de levar uma fotógrafa(o) para a ocasião. Não era nada glamoroso, pensei: eu mesmo faço!
No momento em que eu estava fotografando eu cheguei a pensar, o que estou fazendo! Era para eu ter contratado uma fotógrafa(o).
Quando iniciou a cerimônia, eu comecei a clicar e buscar ser criativa, mas logo fui perdendo o controle e a emoção me dominou. Já não era a profissional em cena, era apenas a mãe querendo eternizar um momento tão especial de sua filha, e nessa hora pouco importa a técnica ou equipamento.
Podia ter feito todo o registro com meu celular, mas quis aproveitar e registrar da melhor forma possível, afinal, com meu equipamento, tenho mais controle em relação à luz e a outros detalhes.
Foi o momento mais difícil que fotografei até hoje! Eu não tinha nenhuma responsabilidade com entrega do material, não tinham expectativas em relação ao meu trabalho, ainda assim fiquei nervosa. Não conseguia me concentrar, estava totalmente dividida: um lado queria focar na parte fotográfica o outro só queria sentir e vivenciar aquele momento tão especial.
Chorei tanto que os clicks foram fluindo intuitivamente, sem muito pensar e sem muita criatividade. O simples também é bonito e pode ser tão profundo quanto algo muito elaborado, vai depender de quanto amor e energia você coloca sobre aquilo.
Apesar de todo o nervosismo e emoção, eu alcancei meu objetivo, que era eternizar o dia 6 de dezembro de 2020. Missão concluída!
