04/11/2020 às 19:46

O dia que pude conhecer mais de perto a arte de rua!

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Conheci a Mária em 2018, no dia do aniversário da minha filha: ela representou a personagem Arlequina durante a festa. No dia, acabamos nos dando conta que já nos conhecíamos de vista da praia do Arpoador, por causa do surf.

Com a flexibilização da quarentena, passamos a nos encontrar mais vezes durante o surf e me bateu aquela vontade de fotografá-la em alguma de suas performances.

Fomos conversando sobre algumas ideias, uma delas era fazer um registro dela surfando com seu figurino de palhaça. Mária me contou, num desses encontros, que voltaria apresentar-se na rua, depois de 7 meses, e aí logo pensei em registrar esse momento.

As pessoas não têm noção de como é a dedicação de um artista de rua... E lá fui eu em pleno sábado de sol para o Parque dos Patins, na Lagoa, fotografar o retorno da palhaça às ruas.

Ela estava ansiosa, como se fosse sua primeira apresentação, e eu, há tanto tempo longe dos eventos, estava atenta para dar o meu melhor, mas com tanta ansiedade envolvida, acabei não conversando com ela sobre o que aconteceria durante aquele breve espetáculo. De repente, ela começou a convidar o público dos arredores e as crianças foram logo curiosas se achegando.

Com todos os desafios da rua, Mária estava enfrentando também a questão da pandemia e esse tão chamado novo normal. O parque não estava cheio como ela estava acostumada, mas, mesmo assim, ela deu início à sua apresentação, que, segundo ela, não foi como o esperado. Eu achei o máximo, super divertido! Foi também desafiador, pois, além de eu não saber o que aconteceria durante a atuação, eu tinha que ter cuidado ao me movimentar para não atrapalhar o público.

Após apresentação, pude conversar e entender um pouco mais sobre essa arte de rua. Ela me contou que estuda esse espetáculo há 5 anos e que sempre precisa estar estudando e testando estratégias e ações para assim conseguir atrair o público. Depois me contou um pouco de sua trajetória: ela abandonou a faculdade de artes cênicas no último período e, a partir dessa decisão, passou a se dedicar para montar seu espetáculo solo para rua. Se dedicou ao circo, foi estudar malabares, estudou mágica, entrou na escola de música para aprender a tocar trompete e a ler partituras... fez tudo aquilo que julgou necessário para aprender como fazer um bom espetáculo na rua.

Segundo ela, a rua é de verdade, olho no olho. É duro, sofrido, mas depois que pega o jeito não tem nada melhor. Ela prefere a simplicidade da rua do que o glamour do teatro e tv. Eu vi muito amor no trabalho dela, muita dedicação e esforço. Na rua, o cachê oscila muito, pode ter um bom cachê ou um péssimo, então tem que ter amor, tem que ter dedicação. Foi lindo poder entender um pouco mais de perto a vida de uma artista de rua.

Para conhecer um pouco mais do trabalho dessa artista maravilhosa basta segui-la no instagram: Mária Ribeiro!

04 Nov 2020

O dia que pude conhecer mais de perto a arte de rua!

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